A Corte de Apelação de Roma adiou para 20 de janeiro de 2026 a decisão sobre a extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli. O adiamento atendeu a um pedido da defesa da ex-parlamentar, que renunciou ao mandato no último sábado, após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a perda do cargo.
Posicionamento do Ministério Público italiano
A extradição conta com o aval do Ministério Público da Itália, que entende que o pedido preenche todos os requisitos legais exigidos pela legislação italiana.
Segundo o MP, Carla Zambelli não foi alvo de perseguição política, nem sofreu cerceamento do direito de defesa no processo que resultou em sua condenação no STF.
Informações enviadas pelo governo brasileiro
Para reforçar o pedido de extradição, o governo brasileiro encaminhou às autoridades italianas informações detalhadas sobre:
A prisão em que Zambelli ficaria detida, caso seja extraditada
As condições gerais do sistema penitenciário feminino no Brasil
A existência de seções e cuidados específicos para mulheres presas
Motivo do adiamento
Segundo apuração da equipe da coluna, a Corte de Apelação de Roma decidiu adiar a conclusão do caso para permitir que a defesa de Zambelli tenha tempo hábil para analisar e se manifestar sobre os documentos enviados pelo Brasil.
Pedido de prisão domiciliar
Os advogados da ex-deputada também solicitaram que Carla Zambelli cumpra prisão domiciliar até o próximo julgamento. Até o momento, esse pedido ainda não foi analisado ou decidido pela Justiça italiana.
Possível local de cumprimento da pena no Brasil
De acordo com a documentação encaminhada pelo governo brasileiro, caso seja presa no país, Zambelli deverá cumprir pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
A unidade possui separação por blocos distintos, garantindo a não convivência entre internas dos regimes fechado, semiaberto e presas provisórias, conforme informado às autoridades italianas.