O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (23) que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja internado e passe por uma cirurgia na quinta-feira (25) para tratar um quadro de hérnia inguinal.
Segundo a decisão, Bolsonaro será internado na quarta-feira (24), quando dará início aos procedimentos pré-operatórios.
Cirurgia eletiva
Bolsonaro será submetido a um procedimento para tratar hérnia inguinal bilateral, além de crises recorrentes de soluço. Segundo a Polícia Federal, trata-se de uma cirurgia eletiva, ou seja, não emergencial, mas considerada necessária para evitar o agravamento do quadro clínico.
O que é hérnia inguinal
A hérnia inguinal, também conhecida como hérnia na virilha, ocorre quando tecidos do interior do abdômen ultrapassam um ponto de fragilidade da parede muscular, formando um abaulamento na região. Quando o problema atinge os dois lados, é classificado como bilateral.
Perícia médica da Polícia Federal
O ex-presidente passou por perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que confirmou o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral e a necessidade de intervenção cirúrgica.
O laudo apontou que, apesar de a cirurgia ser eletiva, o procedimento deveria ser feito “o mais breve possível”, devido ao risco de agravamento. Segundo os peritos, houve uma piora progressiva da condição clínica de Bolsonaro, possivelmente causada pelo aumento da pressão intra-abdominal, decorrente de crises de soluço e tosse crônica.
Decisão anterior e pedido da defesa
A autorização para a cirurgia havia sido concedida por Alexandre de Moraes na última quinta-feira (19), ocasião em que o ministro também negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do ex-presidente. O pedido formal para agendamento da cirurgia só foi apresentado pela defesa nesta terça-feira, o que viabilizou a definição da data do procedimento.