“Mundo terá aliança global contra fome e pobreza a partir do G20”, diz Wellington Dias

“Podemos afirmar que o mundo terá uma aliança global contra a fome e a pobreza a partir do G20”, disse o Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, durante o encerramento da agenda de reuniões técnicas preparatórias para o G20. O evento ocorreu nesta sexta-feira (24), em Teresina, no Piauí. 

“Fico muito feliz de poder trazer uma boa notícia: a Força Tarefa que reuniu mais de 50 delegações em Teresina conseguiu alcançar a convergência total nos Termos de Referência e no Quadro de Governação da Aliança Global contra a Fome a Pobreza. Também conseguimos a convergência total no modelo da Aliança Global para as Declarações de Compromisso. O Documento Fundacional da Aliança de Combate a Fome e a Pobreza já está completamente revisado e trabalhado, resultando em um texto final quase pronto, mantida apenas a possibilidade de alguma verificação nos próximos dias”, disse o Ministro.

Durante a sua fala, ele informou que a plataforma eletrônica da Cesta de Políticas, online e operacional, foi apresentada, discutida, e amplamente acolhida pelo G20. Segundo ele, as submissões de instrumentos políticos e programas já estão sendo feitas pelos membros da Força-Tarefa. 

“Quero dizer aqui da minha alegria com o compromisso e o envolvimento de cada país e de cada organização internacional parte dessa Força Tarefa, ressaltando que foi fundamental a participação de cada um, para conseguirmos finalizar aqui em Teresina, nos últimos três dias, praticamente todos os textos e documentos que serão trabalhados na reunião ministerial de julho, no Rio de Janeiro”, destacou Wellington Dias. 

Wellington Dias./FOTO: Raíssa Morais

PRÓXIMA ETAPA: 

Wellington Dias explicou os próximos passos da agenda do G20: os quatro parágrafos sobre o pilar financeiro na declaração da Aliança Global que serão reformulados com base nas contribuições recebidas em Teresina e finalizados em consultas virtuais até junho.

“Quero frisar que não se identificaram problemas intratáveis na parte financeira. Esses quatro parágrafos ficaram para uma nova revisão apenas por questão de limitação de tempo e necessidade de consultas por parte de delegações que não estavam com seus ministérios da fazenda presentes”, pontuou Dias. 

Encerramento da agenda de reuniões técnicas preparatórias para o G20./FOTO: Raissa Morais

“Vamos olhar para o mundo e ver a redução da pobreza”, destacou o Ministro ao falar sobre  a atuação do Brasil na condução das discussões, além de confirmar que o Brasil respeitará os posicionamentos dos países membros, mas que há um entendimento sobre a aliança global ser confirmada no Rio de Janeiro.

“Em relação a este momento, digo que será lembrado como momento de unidade. Os países têm suas regras e existe a necessidade da participação dos chefes de estado. O presidente Lula faz questão de reforçar a soberania dos países. Saímos daqui para a agenda do Rio de Janeiro com a garantia que teremos a aliança. No Rio, a parte técnica que garantiu a segurança dos chefes de países, ela teve bons resultados em Teresina. Em 2030 vamos olhar para a história e ver que o Brasil alcançará o mais próximo possível de zero se pobreza e com propostas para outros países”, ressaltou. 

Balanço do Evento

Ao término das discussões, Wellington Dias, junto ao governador do Piauí, Rafael Fonteles, fizeram um balanço dos resultados com base nos três dias de evento. O Ministro descreveu o clima como “altamente construtivo” e com “muito apoio e respeito à presidência brasileira”.

"Um ambiente acolhedor, foi o que a gente constatou ao conversar com os representantes das delegações com as quais conversamos nesses 3 dias de reunião. A população do Piauí se sente honrada em sediar esse encontro para tratar desse tema tão importante. Essa é uma ideia do presidente Lula de colocar o lado social nessas discussões. Ficamos muito feliz dessa sensibilidade de descentralizar as reuniões em todo o Brasil. Não tenho dúvida que a nossa foi a mais organizada", afirmou o governador do Piauí, Rafael Fonteles.

 POLITICAS SOCIAIS NO PIAUÍ

O Ministro ainda pontuou que a escolha de Teresina, capital do Piauí, para sediar o encontro das 20 maiores economias do planeta, além de simbólico, é também histórico. Segundo ele, o Piauí é um exemplo de dedicação quando o assunto é promoção de políticas públicas de combate à fome e pobreza.

“Há um sentido histórico inicialmente. Aqui foi lançado um dos maiores programas do mundo, que é o Fome Zero. Não há uma região do mundo que tenha num período de 20 anos essa evolução de IDH do Piauí. Eu digo que esse momento que recebemos o G20, em que temos a divulgação desse estudo do PNUD é histórico. Quis o presidente Lula que tivéssemos esse momento em Teresina, no Piauí”, acrescentou Wellington Dias.

Questionado sobre as ações futuras do Piauí na campanha de combate à fome e a pobreza, Rafael Fonteles disse que "em time que está ganhando não se meche" e ressaltou que o estado vai aprofundar diversas políticas públicas, que, segundo ele, estão sendo retomadas após a eleição do presidente Lula.

“Em time que tá ganhando a gente não meche. Vamos aprofundar e melhorar as políticas sociais no Piauí. Há muito tempo estamos nos destacando nesse cadastro e busca de famílias em situação de vulnerabilidade, além também do apoio que estamos dando para a agricultura familiar para que eles tenham melhor produção e aumentar a renda. A maioria das famílias em situação de vulnerabilidade estão na zona rural, esse é um dado concreto. Vamos aprofundar essas políticas que estão dando certo e aproveitar a volta do presidente Lula para retomar esses projetos que haviam sido destruídos no governo anterior. Vamos aproveitar todas essas oportunidades”, finalizou o Governador do Piauí.