Elizabeth J. King e Scott L. Greer, Universidade de Michigan
Muitos países ao redor do mundo responderam à covid-19 com políticas tragicamente inadequadas. No entanto, argumentamos que os piores líderes da pandemia são aqueles poucos que escolheram a negação total em vez da ação ineficaz.
Alexander Lukashenko, o líder autoritário de longa data da Bielorrússia (Belarus), nunca reconheceu a ameaça da covid-19. No início da pandemia, enquanto outros países estavam impondo bloqueios, Lukashenko optou por não implementar quaisquer medidas restritivas para evitar a disseminação da covid-19. Em vez disso, ele afirmou que o vírus poderia ser evitado bebendo vodca, visitando a sauna e trabalhando no campo. Essa negação deixou essencialmente medidas preventivas e ajuda pandêmica para os indivíduos e campanhas de crowdfunding (vaquinhas virtuais).
Durante o verão de 2020, Lukashenko afirmou que havia sido diagnosticado com covid-19, mas que era assintomático, o que lhe permitiu continuar insistindo que o vírus não era uma ameaça séria. Supostamente, frustrar a doença e visitar os hospitais de covid-19 sem máscara também reforçou sua imagem desejada de um homem forte.
A Bielorrúsia acaba de iniciar os esforços de vacinação, mas Lukashenko diz que não será vacinado. Atualmente, menos de 3% dos bielorrussos são vacinados contra a covid-19.