Esse processo cerebral desencadeia uma intensa resposta hormonal. O corpo libera adrenalina e cortisol, elevando a frequência cardíaca, a pressão arterial e o estado de alerta.
Segundo o psicólogo Victor Bastos Ventura, do Grupo Reinserir Psicologia, a crise também afeta o sistema de recompensa do cérebro: “Há uma redução da atividade dopaminérgica, o que diminui a resposta a estímulos positivos e dificulta a aprendizagem de segurança. Isso intensifica o mal-estar e a dificuldade de sentir prazer”, afirma.
A psicóloga Letícia Pizarro, de São Paulo, reforça que o organismo reage de forma semelhante a ameaças reais ou imaginárias: “O sistema límbico e a amígdala não diferenciam um assalto do medo de falar em público. A reação fisiológica é idêntica, com liberação de hormônios e sintomas físicos fortes”, explica.
Entre os sinais mais comuns estão taquicardia, falta de ar, suor excessivo, tremores, tensão muscular, náuseas e tontura. Esses sintomas são resultado da ativação do sistema nervoso simpático, que prepara o corpo para reagir ao perigo percebido.