Estudos confirmam que a cor da casca é definida exclusivamente pela genética da galinha. Aves de penas brancas e lóbulos auriculares claros colocam ovos brancos, enquanto galinhas de plumagem avermelhada e lóbulos mais escuros produzem ovos marrons. Esse processo de pigmentação ocorre nos minutos finais antes da postura e não altera nada na composição interna.
Pesquisadoras ligadas à Universidade de Wageningen reforçam que essa característica não interfere no sabor, no frescor ou na segurança alimentar. É um marcador físico que só muda a aparência do ovo, sem relação direta com qualidade nutricional.
Muitos consumidores acreditam que ovos marrons são mais saudáveis, mas isso não passa de mito. Ambos os tipos contêm a mesma estrutura interna, com os mesmos nutrientes, calorias e funções metabólicas. A diferença está apenas na casca — e mais nada.
Essa explicação genética ajuda a desmontar interpretações equivocadas que ligam a cor a melhores práticas de criação. Galinhas caipiras podem botar tanto ovos brancos quanto marrons; o mesmo vale para galinhas criadas em granjas industriais. A cor, nesse caso, não denuncia o sistema produtivo.
Portanto, quando o assunto é diferenciação real, a genética da ave é a única responsável pelo tom da casca. Isso significa que, no que diz respeito ao conteúdo, não existe ovo melhor ou pior por causa da cor.