Um estudo divulgado na revista Molecules, comparou ovos orgânicos e convencionais e encontrou nuances interessantes. Em ovos orgânicos, observou-se um leve aumento em micronutrientes ligados ao desenvolvimento infantil, provavelmente devido à alimentação diversificada das aves. Já nos ovos convencionais, foram identificados compostos que auxiliam na regulação do colesterol, resultado das rações utilizadas nesses sistemas.
Essas variações mostram que o fator determinante não é a cor da casca, mas sim o ambiente e a dieta da galinha. Isso inclui qualidade da ração, acesso ao pasto, exposição ao sol e enriquecimentos nutricionais. Esses elementos influenciam o perfil final dos ovos de forma mais significativa.
A criação orgânica tende a oferecer maior variedade alimentar às aves, o que repercute em pequenas mudanças no conteúdo do ovo. Ainda assim, essas diferenças não tornam um tipo superior ao outro, mas apenas adequados a preferências e necessidades específicas do consumidor.
No sistema convencional, por outro lado, o controle da dieta das galinhas permite suplementações direcionadas, como adição de ômega-3, selênio ou vitamina D. Essas práticas podem ampliar benefícios específicos, sem modificar a estrutura básica do ovo.