Aumenta para 148 o número de mortos na tragédia no Rio Grande do Sul

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 362 mil alunos foram impactados

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Enchentes castigaram o Rio Grande do Sul | Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

As fortes chuvas do Rio Grande do Sul causaram ao menos 148 mortes, de acordo com boletim divulgado ao meio-dia desta terça-feira (14). O número pode aumentar nos próximos dias, já que ainda há 124 desaparecidos, segundo a Defesa Civil gaúcha. As mortes ocorrem em 44 cidades, conforme a Defesa Civil, e há 806 feridos. No total, 446 municípios foram afetados, sendo que 76.884 pessoas estão desabrigadas e 538.545 ficaram desalojadas.

MAIS DE 250 ENDEREÇOS SEM LUZ

Quinze dias após o início da tragédia, 267.590 endereços continuam com o fornecimento de energia elétrica interrompido. Outras 159.424 unidades estão sem abastecimento de água. As informações são do governo do estado e constam em boletim divulgado às 9h desta terça.

Segundo a CEEE Equatorial, 128.690 pontos estão sem energia. O que representa 7,1% do seu total de clientes. A RGE Sul, por sua vez, afirmou que 138.900 endereços seguem sem eletricidade. O número representa 4,5% dos clientes da companhia. Na soma, 267.590 estão sem energia no Rio Grande do Sul.

ÁGUA, TELEFONIA E INTERNET

Conforme a Corsan, 159.424 endereços estão com o abastecimento de água interrompido. Cinco municípios estão sem serviços de telefonia e internet da Vivo. Uma cidade está sem os serviços da Tim. 

Área inundada no Rio Grande do Sul - Foto: Concresul/Divulgação

AULAS

Ainda segundo o boletim do governo, 76.884 pessoas estão em abrigos e 538.545 estão desalojadas. As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 362 mil alunos foram impactados. Nesta terça, são 1.044 escolas afetadas, 538 danificadas e 83 servindo de abrigo.

TRAGÉDIA COMPARADA AO FURACÃO KATRINA

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

(Com informações da FolhaPress - Francisco Lima Neto)

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