A Justiça do Piauí negou, mais uma vez, o pedido de liberdade do estudante de enfermagem Leonardo Araújo Meira, preso desde o dia 28 de maio após ser flagrado transportando uma carga de cocaína avaliada em R$ 3,5 milhões, no bairro Tabuleta, zona Sul de Teresina. A nova decisão foi assinada no dia 23 de julho.
Além da grande quantidade de entorpecente apreendido que importa em reconhecer a gravidade em concreto do delito pelo qual foi lavrada a prisão em flagrante, o tráfico de drogas imputado ao requerente foi, supostamente, praticado na modalidade interestadual. Pelo exposto, em consonância com o parecer ministerial, indefiro o pedido de revogação de prisão preventiva formulado em favor de Leonardo Araújo Meira, em razão da fundamentada necessidade de manutenção da custódia cautelar para garantia da ordem pública, consta na decisão.
NOVO PEDIDO DE SOLTURA
No dia 25 de junho, a Justiça do Piauí negou o pedido de liminar em habeas corpus impetrado pela defesa do estudante, que alegou ausência de fundamentação concreta para manter a prisão, excesso de prazo na conclusão do inquérito policial, primariedade, residência fixa e trabalho lícito.
Agora, a defesa fez um novo pedido, alegando que Leonardo:
- está preso há 32 dias;
- não tem antecedentes criminais;
- confessou o crime e colaborou com a investigação;
- cuida dos pais idosos, e o pai está hospitalizado.
Além disso, o Ministério Público foi contra a soltura do estudante sob alegação de que não houve nenhum fato novo que justificasse mudar a decisão anterior. A denúncia contra Leonardo já foi apresentada, agora por tráfico interestadual de drogas.
O QUE ACONTECEU?
Leonardo foi autuado em flagrante pelo DRACO e está preso preventivamente. Consta nos autos que o estudante vinha de Imperatriz (MA) com três recipientes armazenando 30 tabletes de cocaína avaliados em R$ 3,5 milhões.
Leonardo contou que as viagens para transportar entorpecentes começaram há cerca de quatro meses. “Cada vez que minha conta aumentava, eu fazia mais uma viagem para tentar diminuir”, relatou. O estudante confessou que tinha uma dívida com traficantes, pois era viciado em maconha e haxixe.