Bigadeirão: perícia do IML encontra morfina no corpo de empresário

Até o momento, duas pessoas foram presas: a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada da vítima, e Suyany Breschak

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Ormond e Júlia em elevador com o brigadeirão com morfina | Reprodução

Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) revela a presença de morfina no corpo de Luiz Marcelo Ormond. A Polícia Civil suspeita que ele foi envenenado ao ingerir um brigadeirão com 60 comprimidos triturados. A morfina, substância ativa de um medicamento controlado indicado para dores intensas, foi comprada por Júlia com receita médica.

Detalhadamente, o documento do IML analisou o "conteúdo estomacal" de Ormond e detectou as seguintes substâncias: Clonazepam, Aminoclonazepam, Cafeína e Morfina. Clonazepam é um ansiolítico usado no tratamento de distúrbios epilépticos e de pânico ou depressão. O Aminoclonazepam é um metabólito, um resíduo do medicamento após ser processado pelo organismo. O exame não especifica a quantidade dessas substâncias nem confirma se elas causaram a morte de Ormond, apenas relata sua presença no trato estomacal. A polícia espera concluir a causa da morte nos próximos dias. Durante a necropsia, foi encontrado um "líquido achocolatado" no estômago do empresário.

A investigação

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A 25ª DP (Engenho Novo) descobriu que Júlia Cathermol, presa pelo crime desde terça-feira (4), comprou 60 comprimidos em uma farmácia no dia 6 de maio, apresentando receita e pagando R$ 158. Segundo a polícia, Júlia agiu sob as ordens de Suyany Breschak, uma mulher que se apresenta como cigana e que também está presa.

Suyany Breschak e Júlia Cathermol  (Foto: Reprodução)

O que diz a Polícia

O delegado Marcos Buss afirmou que há "muitos elementos indicativos" de que Suyany foi a mandante e arquiteta do plano criminoso. Júlia tinha grande admiração e veneração por Suyany, que a instruiu a comprar e moer o Dimorf para adicionar ao brigadeirão. Suyany teria procurado informações sobre a aquisição do medicamento.

A polícia acredita que Ormond morreu em 17 de maio. Às 17h04 daquele dia, ele e Júlia foram gravados no elevador do prédio, descendo para a piscina. Ormond segurava um prato coberto com papel-alumínio, contendo o brigadeirão com morfina. Ao retornarem ao apartamento às 17h47, Ormond foi registrado tossindo muito e desatento, chegando a prender o dedo na porta do elevador. Ele afirmou a uma vizinha: "Não tô bem não".

Prisões

Até o momento, duas pessoas foram presas: a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada da vítima, e Suyany Breschak, apontada como a mandante do crime.

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