Primeira Mão

Por Sávia Barreto

A direção do Solidariedade confirmou ao blog Primeira Mão que o vereador da sigla na capital, Major Paulo Roberto, já foi notificado sobre o processo que pede sua expulsão do partido. Ele é acusado de infidelidade partidária, por supostamente ter votado em candidatos de outros partidos na eleição de 2018 na disputa pela Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Major tem prazo para se defender das acusações que tramitam na Executiva Nacional do partido, tendo sido a ação protocolada pelo suplente de deputado do SDD, Sérgio Ribeiro. Há pelo menos um mês a Executiva estadual tenta entregar ao vereador a notificação. Foi preciso enviar via cartório, segundo fonte do SDD. Major já tem convites do MDB para se filiar ao partido. 

Procurado, o deputado estadual Evaldo Gomes, que preside o SDD, informa que não foi o autor da ação e que apenas a encaminhou ao vereador vinda da Executiva nacional. Publicamente, Paulo Roberto e Evaldo travaram embates públicos e a avaliação é de que não há mais clima para sua permanência na legenda.

Por Sávia Barreto

A relação entre a Prefeitura de Teresina e Câmara Municipal ganha um novo capítulo com a ação ingressada pela Mesa Diretora do Legislativo municipal, presidida pelo vereador Jeová Alencar (PSDB) contra o Executivo, comandado pelo prefeito Firmino Filho (PSDB), questionando a competência do Município para regulamentar o transporte privado individual por aplicativo, como Uber e 99. A ação foi protocolada no último dia 09 de agosto e distribuída para relatoria do desembargador Joaquim Santana, do Tribunal de Justiça do Piauí.

Em tempo: o prefeito e o presidente da Câmara já foram aliados e hoje trabalham em campos opostos da política desde que Jeová articulou sua reeleição na presidência sem o aval de Firmino. Eles mantém relação protocolar, mas não frequentam os mesmos eventos politicos.

ENTENDA A AÇÃO

A Ação Direta de Inconstitucionalidade, por meio da Procuradoria legislativa da CMT, objetiva “expurgar da lei os artigos que desrespeitam os princípios constitucionais previstos na Constituição Federal, então repetidos pela Constituição do Estado do Piauí”. Será julgado o pedido de medida cautelar no plenário do TJ, solicitando a suspensão imediata dos efeitos dos dispositivos da lei municipal que teoricamente se chocam com o texto constitucional, entre eles a exigência de curso de formação específico aos condutores e imposição do licenciamento do veículo no município de Teresina.

“Entendemos que tais dispositivos tanto extrapolam a competência delegada pela União aos municípios, uma vez que fogem às diretrizes fixadas pela lei federal que regula o trânsito e transporte, quanto estabelecem distinção desarrazoada, fixam exigências desproporcionais que inviabilizam a atividade de transporte privado individual por app e criam barreiras de entrada àqueles que desejam empreender e retirar desta atividade o seu sustento, padecendo, portando, do vício de inconstitucionalidade”, argumenta a ação, a qual o blog Primeira Mão teve acesso.

Por Sávia Barreto

A informação de que o Tesouro Nacional elevou a nota de avaliação do Piauí, o colocando no grupo dos bons pagadores, é um balde de água fria em alguns grupos de oposição que criticam as finanças do estado, segundo avaliação de bastirores. O Piauí foi o único que teve sua nota de avaliação elevada entre todos os estados do País. 

Vale destacar que o sistema de avaliação do Tesouro Nacional, que é ligado ao Ministério da Economia, fez um pente fino nas contas do estado e utilizou, inclusive, relatórios do Tribunal de Contas e do Ministério Público, constatando que as medidas implantadas para o ajuste fiscal e transparência foram eficientes e seguras - caso contrário, não haveria melhora nos índices.

Com a nota B, que simboliza o grau de confiança nas finanças do estado, o Piauí se reafirma como um ponto fora da curva entre os estados brasileiros, imersos em uma crise política e financeira.

Por Sávia Barreto

Se o PTB ficar com o PL em 2020, apoiando a candidatura do deputado federal Fábio Abreu a prefeito de Teresina, é sinal de que o ex-senador João Vicente Claudino tem planos maiores para 2022: ser candidato ao Governo do Estado, e com o apoio do governador Wellington Dias (PT).

Isso porque hoje JVC tem dois caminhos, segundo fontes do PTB ouvidas pelo blog Primeira Mão: ficar com o prefeito Firmino Filho (PSDB), tendo a chance de ser ele próprio candidato a prefeito ou indicar um vice na situação. A outra opção é indicar um vice na oposição com Fábio Abreu. Se escolher o primeiro caminho, abre mão de disputar o Governo em 2022, já que o prefeito da capital, Firmino Filho, tem planos de alçar-se até o Palácio de Karnak.

ENCONTROS DO PTB

No encontro "Ouvir Teresina" que realizou no Complexo Esportivo Joca Claudino, no bairro Tabuleta, na última quarta-feira, com pré-candidatos a vereador pelo PTB, João Vicente deu o pontapé do fortalecimento da sigla comandada por ele. O partido tem teto de 2 mil votos e está focado em eleger representantes para a Câmara de Teresina. Todo mês serão realizados encontros em regiões diferentes da cidade. JVC avisou aos pré-candidatos que o principal foco agora é desenhar a chapa proporcional. O segundo é definir a posição do PTB nas chapas majoritárias sendo formadas na capital para 2020.

Por Sávia Barreto

O deputado federal Fábio Abreu (PL) aparece em segundo lugar na maioria das pesquisas de intenção de voto para prefeito de Teresina, mas tem potencial de ganhar fôlego e polarizar com o nome a ser indicado pelo prefeito Firmino Filho (PSDB). Dessa forma, a vice de Abreu é tão disputada quanto a vice do candidato de Firmino. Nos bastidores, já se dá como adiantada a possibilidade do PTB compor com o PL de Abreu e, dessa forma, apontar um nome na chapa majoritária.

O mais cotado como vice de Fábio Abreu em uma eventual disputa pelo Palácio da Cidade é o ex-vereador Paulo Roberto da Iluminação (que também estuda a possibilidade de ser candidato a prefeito de Monsenhor Gil). Outra cotada no PTB é a deputada Janaína Marques. “Janaína é bom nome”, classificou o próprio Abreu à coluna Primeira Mão nesta quinta-feira, 15.

Por Arimatéa Carvalho

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República reprovou o palanque montado na frente do Aeroporto Internacional de Parnaíba para o discurso do presidente Jair Bolsonaro e foi por esse motivo que ele falou ao público da sacada de passageiros e não do palco, em sua visita a Parnaíba no dia 14.

Para a equipe do General Augusto Heleno, a Prefeitura não cumpriu as exigências antecipadamente repassadas para a total segurança do presidente, faltando diversos itens.

A transferência gerou problema também na liberação das pessoas que estavam previamente credenciadas e a lista de pessoas barradas no aeroporto foi significativa: Luciano Nunes (ex-deputado), Mãosantinha (filho do prefeito), dona Gracinha Moraes Souza (filha de Mão Santa e secretária), deputado estadual Georgiano Neto (PSD), ex-vereador Tiago Vasconcelos, Mirócles Véras, familiares do senador Marcelo Castro...

No caso dos filhos de Mão Santa, a segurança foi alertada e eles entraram. O deputado federal Júlio César Lima, pai de Georgiano, teve ir buscar o filho no ponto de liberação do acesso e reclamou do constrangimento. Diante da bronca de Júlio, Georgiano foi prontamente liberado. A situação de Tiago também foi contornada. 

Nos demais casos, as pessoas voltaram sem acessar o aeroporto. Outros optaram pelo plano B: a escola militar do Sesc para onde o presidente foi receber a homenagem. 

RUBENITA EM DESTAQUE

O protagonismo da advogada Rubenita Lessa durante a visita de Jair Bolsonaro a Parnaíba se deve muito ao ex-senador Magno Malta. Foi ele quem viabilizou a vinda de Rubenita dentro do avião presidencial de Brasília a Parnaíba. No litoral, Bolsonaro soltou afagos para a correligionária raiz. 

Por Sávia Barreto 

A visita do presidente Jair Bolsonaro ao Piauí nesta quarta-feira, 14, foi marcada pela sinalização por parte do presidente de que vai dobrar a aposta contra os governadores do Nordeste. Bolsonaro insinuou que os gestores da região querem separar o país e disse que o Nordeste precisa sim de chuva, mas “chuça de honestidade”. O clima só estava bom no aeroporto de Parnaíba, litoral piauiense, para o próprio Bolsonaro e o prefeito de Parnaíba, Mão Santa. Todos os demais políticos foram vaiados quando tiveram seus nomes elencados. Mas Mão Santa e Bolsonaro foram chamados de “mito” pelo público presente, cerca de 2 mil pessoas, muitas famílias com crianças e idosos que veem no presidente a representação de um “ídolo”. 

A exceção entre os políticos foi a advogada filiada ao PSL, Rubenita Lessa. Se na política piauiense ela não tem cargo público e está em segundo plano, no palco de Bolsonaro ela brilhou. Foi citada nominalmente pelo presidente como uma das “poucas pessoas” que acreditou em sua candidatura à Presidência desde o começo. E ficou do lado de Jair. A primeira-dama Michelle Bolsonaro não veio receber o título. Os demais representantes do Piauí nem foram citados nominalmente pelo presidente, exceto quando Bolsonaro cobrou o engajamento deles para votar a favor da flexibilização do porte de armas - fato que a maioria da bancada é contra.

Ficou nítida a admiração de Bolsonaro em relação a Mão Santa. O prefeito já acertou com Bolsonaro que em setembro estarão em Parnaíba o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, e o presidente da Embratur, Gilson Machado. Os aliados do prefeito afirmam que o presidente sinalizou que Mão Santa é o candidato preferencial para disputar o Palácio de Karnak em 2022. Politicamente, a presença de Bolsonaro deu prestígio a Mão Santa em Parnaíba e pode contribuir para sua eleição caso o presidente concretize os recursos anunciados para o litoral. O gestor buscará a reeleição no próximo ano.

Falando em Karnak, o governador Wellington Dias (PT), cumpriu sua missão institucional e recebeu Bolsonaro em solo piauiense. Mas foi tratado com frieza e, tendo em vista esse contexto ruim, avaliou que não faria sentido permanecer no evento. Fez bem, pois Bolsonaro deixou claro que estava ali fazendo política, ou seja, atacando aquilo que ele denomina como “comunistas” e “esquerdistas”, ou melhor, “cocô”, sinônimo para o presidente de “comunistas e corruptos”. Não é possível conversar com quem não quer conversa. 

O uso repetido da expressão com teor escatológico surpreendeu até mesmo o público, mas Bolsonaro fez questão de reitera-la para que não houvesse dúvidas. Outro momento que surpreendeu foi quando Bolsonaro quis descer do palco. Em um discurso aparentemente improvisado, em que tirou “brincadeiras” como dizer que “não tem a cabeça grande mas é cabra da peste como os irmãos nordestinos”, Bolsonaro suou e, no final, disse que queria descer. Pânico nos seguranças. Até Mão Santa demonstrou receio. Vale lembrar que Bolsonaro levou uma facada na campanha de 2018 e passou por momentos delicados na saúde. Mas o presidente desceu do palanque montado no aeroporto, cumprimentou os populares emocionados e se dirigiu à escola que tem seu nome, dirigida pelo Sesc. Lá, passou cerca de 40 minutos, não falou com a imprensa e seguiu de volta para Brasília. 

Após falas consideradas preconceituosas dirigidas ao Nordeste, Jair Bolsonaro tem tentado afagar os eleitores nordestinos que já tem predileção por ele, mas por outro lado, também busca apagar fogo com gasolina e afasta os que têm resistência ao seu governo. Para somar, segue comprando a briga com os governadores do Nordeste e sendo uma espécie de “tio do pavê” com as referências em que tenta usar o humor, mas termina mais chocando do que agradando. Bolsonaro deixou claro no Piauí que está em campanha para 2022. E aposta na alta tensão para se destacar - algo herdado do seu modo de fazer política quando deputado federal e observado em vários líderes do mundo e ascensão da direita, como Donald Trump. A visibilidade, seja pelo cargo ou pelo que diz, Bolsonaro tem. Já os votos que precisa conquistar no Nordeste, ele vai precisar ir além das palavras para conquistar aqueles que já tem um pé atrás com o militar.

Por Arimatéa Carvalho

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), virá de Brasília no avião presidencial a convite do presidente Jair Bolsonaro. A decolagem rumo a Parnaíba está prevista para às 7h30 dessa quarta-feira, dia 14. Firmino atendeu o convite e embarcará com o presidente.

No litoral, Jair Bolsonaro cumpre programação das 9h às 13h. É comum nas visitas presidenciais aos estados que o avião do presidente traga integrantes da bancada federal. Com a inclusão do prefeito, ele mostra prestígio junto ao Governo Federal.

Firmino Filho foi a Brasília garantir recursos para a construção de mais oito escolas de tempo integral na capital. Ele conta que o investimento será na ordem de 65 milhões de dólares e vai beneficiar diretamente mais de 12 mil alunos com a oferta de novas matriculas. 

Por Arimatéa Carvalho

Na véspera da visita do presidente Jair Bolsonaro a Parnaíba, o prefeito da cidade, Mão Santa (sem partido), entregou homenagens a personalidades políticas, enquanto o presidente da Fecomércio, advogado Valdeci Cavalcante, atendia pedido do próprio Bolsonaro e retirava o nome dele de escola militar a ser inaugurada na quarta-feira, 14.

O ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes foi um dos homenageados por Mão Santa na terça-feira. Ele recebeu das mãos do prefeito de Parnaíba a medalha do Mérito Municipal e homenagem do Executivo e do Legislativo Municipal. A família Tapety também recebeu homenagem feita postumamente a Juarez Tapety, ex-deputado e ex-secretário quando Mão Santa era governador.

A advogada Vanessa Tapety, neta de Juarez, se emocionou com a homenagem a seu avô, a quem era muito ligada.

ESCOLA SEM O NOME DE JAIR

Já o advogado Valdeci Cavalcante resolveu retirar a placa com o nome Jair Messias Bolsonaro da escola que homenagearia o presidente para eviar uma "demanda jurídica". Ele disse que o prédio estava abandonado e sob interdição do Corpo de Bombeiros desde 2013.

Ele disse que a escola militar será padrão Sesc e uma referência em educação em Parnaíba.

Por Sávia Barreto

A relação até então amistosa entre o Partido Verde e o prefeito Firmino Filho (PSDB) parece ter mudado de tom. Isso porque a deputada estadual e presidente da sigla no Piauí, Teresa Britto, informou ao blog Primeira Mão que o partido pode lançar um candidato a prefeito nas eleições de 2020. Questionada se o nome poderia ser oposição a Firmino, ela confirma: “Claro que sim, o prefeito tem um outro candidato, né? E ninguém sabe quem é. Com certeza ele não vai escolher um nome do PV. Então o PV pode sim se coligar com ele ou ter candidatura própria. Vai depender dos encaminhamentos do próprio partido”, argumentou Britto. 

Há algum tempo vem se especulando nos bastidores que Teresa Britto tem se distanciado do Palácio da Cidade e se aproximado do grupo adversário de Firmino, o MDB liderado pelo deputado Themístocles Sampaio. Ela também nega estremecimento na relação com a vereadora da capital pelo PV, Pollyana Rocha e diz que o médico Luís Airton é uma “reserva moral” do Piauí e não deve ser candidato a vereador pela sigla. “Ele é meu preferido sim, para governador, prefeito, senador... E ele pode sim ser o candidato a prefeito do PV”, completou Teresa.